O que pensa, Denis Lehane
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Sob um céu a luzir o dia
Respiramos um maio manso
acabrunhado
pálido
Enroscamo-nos nas palavras quentes
nos contornos de um abraço...
e na entrada da noite
perdemo-nos em corpos naufragados
e melodias de embalar...
Descobrimos o tempo no nosso olhar...
e bordamos de ternura o nosso nome
Viajamos docemente no feitiço
dos beijos ávidos...insaciados
tacteamos a pele macia
em carícias ondulantes
espraiando-se pela noite calma
que nos espreita no seu olhar errante...de sois e luas
de prazer e sonhos
embriagados de serenas delícias...na quietude silenciosa de afagos
Entregamo-nos à placidez do nosso olhar...
ao perfume de um abraço
ao hálito doce das cerejas
sob um céu a luzir o dia
RS
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Felicidade
" Há, um minuto inteiro de felicidade!
Mas não basta isso para encher a vida
De um Homem?"
Fédor Dostoievsky, Noites Brancas
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Não há longe...há sentir
Quando se abre as janelas do coração
e deixamos entrar alguém
e aconchegamos e afagamos a sua alma...
e a prendemos a nós com laços acetinados
de ternura e amor...e caminhamos ao seu lado
na mesma planura...na mesma aridez
no mesmo jardim ou deserto
fazendo o mesmo caminho...Não estamos sós
amamos e partilhamos...vemos juntos
vemos com o mesmo brilho
então acredito, acredito no que li algures, porque é o que sinto.
" A distância, diminui as paixões medíocres
e aumenta as grandes,
assim como o vento apaga as velas
mas atiça as fogueiras."
RS
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Anos dourados
Há canções que ficam na memória
que nos invadem os sentidos
e nos deixam passear nas palavras...
e sem nostalgia regresso
num doce encanto
ao momento em que nos olhávamos e cantavas para mim
como se fosses o Chico
Anos dourados
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...
"Muitas pessoas procuram
a felicidade, assim como
o homem distraído procura
nervosamente o chapéu
que tem na mão ou na cabeça."
Sidney Smith
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As coisas vulgares que há na vida...
"mais que a cólera,
mais que o desprezo,
mais que o soluço..."
Pablo Neruda
Eu, se fosse poeta,
diria que as coisas vulgares são os muros altos, escuros, sujos
que não nos deixam alcançar o lado de lá da claridade...
vulgares, porque em cada dia que passa são mais...são muitos...
para ultrapassar
vulgares, porque somos cada vez mais impotentes para fazer a escalada...
RS
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MÃE
PARA TI, MÃE
Não há jardins que acolham
tantas as flores que deixei de te dar
Mas em cada uma tens a certeza que está o meu infinito amor
Pela MULHER E MÃE que ÉS !
E porque ambas sabemos a importância do amor e da partilha
E porque somos mães
Que esta rosa seja também
Uma rosa de outras mães...para todas as mães.
Que todas as pétalas poisem suavemente em todos os rostos...
Rostos que olhamos e nos olham
Para lá do que vemos...para lá do tempo...
RS
(A foto foi tirada por mim,não sou artista,mas ofereço com carinho
porque a mim também me foi oferecida)
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Perto de ti...do mar
Contemplar o mar...estar perto de ti...
Humedecer os olhos no descanso longínquo
Das ondas que trazem as palavras...
Em linguagem murmurada...mansa
Ser espuma que se desfaz no teu abraço
E sentir desejo de cantar...cantar contigo
E o manto luzidio azulado
Ondulante de brisa marinha
Convida a enlaces de mãos
Olhares de mel
Em prolongada tarde ...num abandono dos outros
Na vasta paisagem da tua presença
Perto de ti...do mar
E na melodia das palavras
Dançam os sentidos desnudos
Num turbilhão de desejos
Que se fundem na imensidão do mar
No alaranjado do céu a perder de vista...
E alheios no enlevo de beijos dourados
Abraçamos a ternura de sermos...
Areias nas carícias das ondas
RS